O mantra de que as eleições de 2012 só deverão ser discutidas no próximo ano, parece não ecoar com a mesma intensidade nos corredores por onde circulam os principais personagens da sucessão do prefeito João da Costa (PT). As recentes negativas do petista em comentar o teor da conversa a portas fechadas que ele travou, na última terça-feira, com o governador Eduardo Campos (PSB) e a irritação quando o assunto vem à tona são interpretadas por agentes que circulam entre os lados como sinal de que estaria faltando sintonia entre os dois gestores no que diz respeito ao próximo pleito. Há quem garanta, nos bastidores, que existe tensão na relação entre Campos e Costa.
Agentes políticos que transitam tanto na Prefeitura do Recife quanto no Governo do Estado afirmam, em reserva, que o apoio que o prefeito João da Costa esperava receber neste momento do governador Eduardo Campos só deverá ser concedido após os primeiros números do trabalho de recuperação da imagem da gestão do petista começarem a se materializar. “O candidato à PCR de Eduardo é, hoje, João da Costa. Mas isso mudará se essa recuperação não começar logo. No meio do ano que vem, já teremos campanha. O que quer dizer que, no meio deste ano, João já terá que dar sinais de recuperação”, indicou um governista.
Outro ponto também estaria pesando na relação seria, conforme alguns aliados de ambos, a não conclusão de algumas obras em parceria entre o Estado e o município que deveriam ter sido entregues à população e que ainda não foram inauguradas. “O Governo ainda espera que alguns dos recursos colocados na PCR, no ano passado, surtam efeito. As obras tem que ser entregues”. Na relação dessas benfeitorias, estariam 20 Academias das Cidades e a urbanização de 26 áreas atendidas pelo programa Pacto pela Vida prometidas em 2010.
BLOG DA FOLHA-PE
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