O líder do PR na Câmara dos Deputados, Lincoln Portela (PR-MG), contava com o voto de Tiririca (PR-SP) para aprovar o salário mínimo de 545 reais, defendido pelo governo. Foi pego de surpresa quando o novato cravou um “sim” à proposta de 600 reais, sustentada pelo PSDB. A assessoria de Tiririca diz que ele se confundiu com o sistema de votação. Mas o próprio palhaço argumentou que havia votado intencionalmente, “com o povo”. Agora, Lincoln Portela não sabe o que dizer.“Se ele fala uma coisa agora e outra depois, não tem nem o que argumentar com ele”, diz o líder do PR. Conformado, acaba absolvendo o inexperiente Tiririca: “Ele ainda é novo, é tudo um pouco confuso”. Segundo Portela, o colega não será punido pela legenda.“O que importa é que ele votou com o partido na emenda dos 560 reais”, justifica o comandante da bancada. É verdade: depois de errar na votação da primeira emenda, Tiririca ajudou a derrubar a proposta apresentada pelo DEM. O líder do partido garante confiar no humorista, apesar do deslize. Mas, na dúvida, é bom o palhaço não abusar da paciência dos correligionários.
(Gabriel Castro, de Brasília)
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