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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Mudança na Chesf está mais próxima

O governador Eduardo Campos (PSB) está muito perto de emplacar o próximo presidente da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Ele já tem dois nomes a serem indicados para o posto, atualmente com o socialista Dilton da Conti. Candidato do PSB ao Governo, em 2002, Dilton se afastou de Eduardo e já não é mais tido como aliado. A primeira opção - dada quase como certa - é o secretário estadual de Recursos Hídricos e Energéticos, João Bosco Almeida, que é engenheiro aposentado da companhia. Contudo, o governador já tem outro nome em stand by. A mudança na Chesf, especulada desde dezembro, ganhou corpo com as mudanças promovidas pela presidente nos postos chave do setor elétrico, motivada pelo apagão que atingiu oito estados nordestinos, anteontem.
Eduardo aguarda apenas um chamado de Dilma Rousseff para apresentar o nome de Bosco. O socialista estaria convencido de que vai mesmo emplacar alguém do seu grupo no comando de uma estatal robusta, do ponto de vista econômico e com bastante influência política no Nordeste. A articulação, inclusive, faria parte do planejamento de Campos para se viabilizar a um projeto político nacional, em 2014.
A segunda opção, cujo nome não foi revelado, só será lançada se a presidente não avalizar o secretário estadual ou se ele não quiser. A expectativa no Governo é muito boa. De acordo com um palaciano, o governador teria dito que iria “perder um grande quadro” para o Governo Federal, ao falar do auxiliar.
Um empecilho seria o interesse do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), pela Chesf. O argumento do petista seria o de que, por já ter indicado um ministro (Fernando Bezerra Coelho/Integração Nacional), Campos teria de abrir mão dessa vez. Porém, um governista de alta patente adiantou, ontem, que os dois governadores estariam próximos de um consenso, favorável ao pernambucano. O baiano, assim, indicaria um diretor para a estatal. Além de Wagner, o PT de Pernambuco também estaria correndo por fora para abocanhar a Chesf.
Questionado ontem à tarde, no Palácio, se seria alçado à presidência da companhia, João Bosco riu e disse que não sabia de nada. “Não vou me pronunciar, quem fala sobre isso é o governador”, contou, com o sorriso aberto, antes de se afastar da reportagem. Por sua vez, Eduardo Campos também não quis comentar o assunto.

TRAJETÓRIA
Engenheiro elétrico, João Bosco começou como estagiário na Chesf e chegou a diretor administrativo. Atuou como instrutor e chefe do setor de Treinamento, onde colaborou com a especialização de diversos engenheiros, dos setores Hídrico e Elétrico, das regiões Norte e Nordeste. Exerceu cargos nos governos da Paraíba, seu estado natal, e Pernambuco, onde foi diretor-presidente da Compesa e secretário de Infraestrutra, no terceiro Governo Arraes. Ele toca a pasta de Recursos Hídricos desde o primeiro mandato de Eduardo - também acumulava a Compesa. Poucos dias após o anúncio do secretariado, entretanto, o Governo informou que a Compesa seria dirigida por Roberto Tavares.

FOLHA-PE




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