As imagens que repercutirão em todos os meios de comunicações sobre o fato de policiais Militares obrigando meliantes a trocarem juras de amor e até o beijo de língua fez o coordenador executivo do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações populares, Manoel Moares demonstrou indignação depois de assistir às cenas. “Isso é tortura. O preconceito está presente. Eles são chamados de macaco. Reforça raízes de uma sociedade escravocrata. Você destrói a identidade cultural do outro. Nada contra o beijo de duas pessoas do mesmo sexo, mas ali existe a clara tentativa de constrangimento moral.” Ele cobrou rigor nas investigações.
O diretor Nacional de Defesa dos Direitos Humanos, Fernando Mattos, foi além. “Esse tipo de prática reforça a necessidade da implantação do controle externo da atividade policial e da criação do Mecanismo Nacional Preventivo contra a Tortura.”
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Pernambuco (OAB-PE), Henrique Mariano, lamentou o episódio. “Obrigar os dois presos a passar por essa situação não tem relação com o crime cometido. Fica claro que é apenas um abuso de autoridade baseado na certeza da impunidade.”
ROBERTO DINIZ
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