Tony Gel diz que a regra é clara: artigo 59 do Regimento Interno vai impedir liderança de Daniel

Cresce cada vez entre os oposicionistas da Assembleia o sentimento de que fica cada vez mais difícil para Daniel Coelho (PV) se tornar o líder da oposição na Casa. Para o deputado democrata Tony Gel, o artigo 59 do Regimento Interno é claro ao dizer que enquanto não houver consenso e indicação oficial dos líderes, permanecerá então a liderança sob tutela anterior. "Como o anterior era Augusto Coutinho (hoje deputado federal) e o vice-líder era Maviael Cavalcanti (ambos do DEM), Maviael então seria o líder oposicionista", defendeu o parlamentar, logo após cerimônia de posse.

Para amenizar o embate travado nos últimos dias contra Daniel Coelho, Tony Gel disse que o colega verde era "muito inteligente e capaz", mas é filiado a um partido que é da base do governo Eduardo Campos. "Aqui, como representante desse partido, ele não pode se colocar como um líder da oposição. Ele pode até se colocar como uma pessoa da oposição, o que eu acho ótimo, mas isso ele vai ter que resolver lá com o partido dele... No entanto, nao pode se autodenominar como líder da oposição", disparou Gel.

O PV encaminhou ofício à presidência da Assembleia Legislativa ratificando que é governista e com uma secretaria estadual (Meio Ambiente) criada especialmente para abrigar o presidente da sigla no Estado, Sérgio Xavier. O documento assinado pelo dirigente verde e toda a executiva foi encaminhada ao presidente da Alepe, Guilherme Uchoa (PDT). Amanhã, a partir das 8h, a Alepe vai discutir a questão e se pronunciará posteriormente. O líder da bancada tucana, Antônio Moraes, chegou a dizer que "ninguém na Casa era criança" para não entender que o assunto deverá ser embasado no Regimento Interno, para a partir daí ver a inviabilidade ou não de Daniel Coelho.

Porém, nos bastidores, a maioria acredita que o assunto Daniel será encerrado nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira e a liderança do grupo deverá ficar com outro parlamentar. Daniel Coelho não descarta recorrer à Justiça caso “o Regimento Interno e a Constituição Estadual sejam desrespeitados”. O verde acredita no “direito jurídico” que lhe permite ser o líder oposicionista pela aliança PSDB/PV/PMN.

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