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sábado, 8 de outubro de 2011

''O PSB é que não resolveu seu problema interno'', ataca Humberto

A julgar pelo que disse o senador Humberto Costa, na entrevista de página inteira no Jornal do Commercio deste domingo, a Ana Lúcia Andrade e Bruna Serra, já nas bancas, em vez de tranqüilizador  no âmbito das forças governistas que dão sustentação ao governo Eduardo Campos, o ambiente, analisado  das entrelinhas não é tão alvissareiro assim, em termos de eleição de 2012 e 2014. Humberto foi até de certo modo duro em alguns momentos, deu recados, e apontou caminhos que poderão agradar ou não muitos dos aliados, e, principalmente, bateu duro no PSB
Leia alguns trechos da entrevista que circula no JC deste domingo:
 Falta de articulação  dos aliados:
O PSB, como partido majoritário, hegemônico da Frente Popular, poderia ter sido o catalizador dessa discussão (prefeitura). Lógico que isso não é um assunto para o governador, mas para os partidos, em especial o PSB que é majoritário. Poderíamos ter discutido como proceder de forma a não gerar fraturas na Frente. Tudo isso está acontecendo por falta de diálogo. O PT vai publicamente, passado o 7 de outubro, fazer um chamamento ao PTB, ao PDT, ao PSB, ao PCdo B para que possamos discutir 2012 de uma forma articulada
Jogar a culpa nos outros(Nele, Humberto)
Não se pode é querer colocar em cima de ninguém uma responsabilidade a não ser que o objetivo seja o de criar fantasmas dentro da Frente Popular. Há lugares onde os problemas não começaram ontem e nem foi o PT que criou.
Pensaram só em 2014
O PT não tem dono e algumas colocações fulanizaram o que aconteceu aqui ou ali. Está muito claro que houve uma preocupação com outro momento que não é 2012. As pessoas estão preocupadas com 2014, acham que fulano é candidato, que sicrano é candidato,e vai pra cima de fulano para responsabilizá-lo, para dizer que causou isso e aquilo. Não sou dono do PT, não mando no PT. Na discussão sobre Olinda, que todos sabem da minha posição, se a maioria do partido decidir que vai ter uma candidatura, está decidido.
Um problema: Petrolina
Um problema que se arrasta desde 2004 quando o PSB lançou a candidatura de Gonzaga (Patriota) e o PT apoiou. Perdemos na última semana da eleição para o candidato do PPS que era Fernando Bezerra. Em 2008, o PT queria apoiar a candidatura de Odacy Amorim(deputado estadual), que era o prefeito com Fernando na vice. O PSB local fez uma convenção e o prefeito perdeu. Nós do PT queríamos a candidatura de Odacy, mas apoiamos o candidato que o PSB indicou que foi o Gonzaga Patriota. Nem participamos da chapa, apoiamos, perdemos a eleição e essa ferida não foi sanada. Quer dizer, foi o PSB que não resolveu o seu problema interno. Odacy saiu do PSB não por convite do PT. Eles é que não conseguiram resolver lá.
No Recife
No  Recife o PSB está saindo de dois para seis vereadores, inclusive com um do PT. Normal.  Não estou reclamando. Paulo Rubem, deputado federal do PDT, trocou seu domicílio eleitoral para o Recife. Suponho que o PDT, no momento certo, vai dizer que é Paulo Rubem ou vamos ter que discutir.
E 2014?
O que vai acontecer em 2014 depende de muita coisa. Do resultado da eleição municipal, do sucesso dos governos Dilma e Eduardo, do que Lula vai fazer. Como é que se antecipa uma discussão como essa agora? E mais: o pobre do PT tem oito prefeituras e se faz um escarcéu desses porque o PT filiou A, B ou C. Se o PT sair de 8 para 10, para 15 ou para 20, é isso que vai definir se o PT terá candidato lá na frente? Não faz sentido.
PT não puxa tapete dos outros
Outra coisa: nesse processo de crescimento, o PT tem como grande referência sua lealdade a um projeto. Não ficamos chafurdando na Frente, puxando o tapete dos outros, Pode existir um partido tão leal à Frente Popular e ao governo Eduardo quanto o PT, mais, eu quero que me mostrem. Não podemos aceitar esse tipo de colocação. Colocaram no PT a pecha de partido que quer fazer tudo sozinho, de que não faz coligação. O PT é quem fez aliança. Fomos inteiramente fiéis esse tempo todo
João Paulo
O movimento para que João Paulo ficasse no PT extrapolou uma discussão meramente local,  foi uma questão nacional. Muitos atores agora serão ouvidos. Se a prefeitura realmente continuar melhorando, sem dúvida ele (João da Costa) será o nome mais provável do partido. Agora, com certeza, João Paulo passa a ter, depois desse episódio, um papel muito relevante no processo eleitoral. Não faz sentido todo o esforço para manter João Paulo no partido, a principal liderança popular e eleitoral do Recife, e não trazê-lo à mesa na hora de discutir 2012.
O não escolhido tem de apoiar o outro
Vamos trabalhar para que o candidato tenha o apoio de todos. Inclusive de João Paulo, se ele não for o candidato. Se for João Paulo que ele tenha o apoio do prefeito. Então a permanência dele é um divisor de águas. E se ele é importante a esse ponto, deve ser escutado, levado em consideração. Como é que vamos fazer uma campanha para eleger um prefeito do Recife escondendo João Paulo da televisão, do rádio?

MAGNO MARTINS














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