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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Agora é que a briga no PT vai começar

Brigas internas no PT não são novidades para ninguém. O partido sempre foi assim desde a sua fundação, em 1980, em São Bernardo do Campo. Tinha a ala da esquerda católica, a ala dos intelectuais, a dos sindicalistas, a dos marxistas leninistas, a dos trotskistas, e assim por diante. E foi graças a essa divisão que o partido se expandiu e chegou ao poder em 2002, com Lula, 22 anos após a sua criação. Apesar da divisão, trata-se do único partido no país em que se pratica a democracia interna.
É fazendo fé nessa democracia que o deputado João Paulo está acreditando que será o candidato do partido à prefeitura do Recife, em lugar do prefeito João da Costa, eleitoralmente menos forte do que ele. João Paulo contaria com o apoio do ex-presidente Lula, de toda a executiva nacional do PT e de todos os integrantes da corrente majoritária “Construindo um Novo Brasil” que é liderada em Pernambuco pelo senador Humberto Costa e os deputados Maurício Rands e Pedro Eugênio.
Do ponto de vista estritamente eleitoral, ninguém questiona a superioridade de João Paulo em relação a João da Costa. Mas é preciso levar também em conta que não se pode cassar do atual prefeito o direito à reeleição sem outras variáveis de ordem O prefeito não crê em intervenção no diretório municipal para afastá-lo da disputa dizendo que essa fase no PT ficou para trás. E dá claros sinais de que está disposto a “quebrar o pau” dentro do partido para fazer valer seu direito à reeleição.

INALDO SAMPAIO

 


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