HOSPITAL SANTA FÉ BELO JARDIM-PE

domingo, 1 de janeiro de 2012

Entrevista de Eduardo Campos ao JC

Ao concluir o quinto ano de mandato, o governador Eduardo Campos (PSB) esbanja confiança na avaliação da sua gestão. Com o sentimento de quem superou desafios difíceis em vários setores e conseguiu atrair grandes investimentos para o Estado, ele fala sem rodeios sobre a pesquisa que lhe conferiu a maior aprovação entre os governadores do País, as ações realizadas e os problemas em áreas importantes. No campo político, manda recados aos aliados, que brigam pelo poder em 2012. Também se posicionou sobre a polêmica do pagamento retroativo de um auxílio-moradia a deputados e ex-deputados estaduais de Pernambuco, mostrando-se contra o benefício. A seguir, trechos da entrevista concedida aos repórteres Sérgio Montenegro Filho, Bruna Serra, Ângela Belfort, Eduardo Machado e Hélder Lopes.

JC – Como está a sua saúde? O que o senhor faz para relaxar?
EDUARDO CAMPOS – Primeiro trabalhar, que faz bem à saúde. Depois, procuro fazer exercícios, caminho e faço ginástica três, quatro vezes na semana, em casa. No final de semana eu ando na rua, vou na Jaqueira, ando pela cidade, algumas vezes ando na praia, no calçadão, de bicicleta. No inverno, quando isso é menos provável, eu faço esteira. Não faço restrição alimentar, procuro ter uma rotina, com três refeições. Não fico petiscando. Faço exames bioquímicos e revisão anual da saúde.

JC – E a sua rotina familiar?
EDUARDO – Eu acompanho a tarefa dos meus filhos com regularidade. Sempre fiz isso, desde Maria Eduarda, minha filha mais velha. Até hoje faço com José, meu filho mais novo. Procuro encontrar um tempo e dar qualidade ao tempo que tenho. Você não tem todo tempo que se deseja ter, e nenhum pai ou mãe tem. Essas férias, agora, foram muito em função deles (o governador esteve por 18 dias na Turquia com a primeira-dama Renata Campos, depois encontrou-se com os filhos em Londres). Eu tinha tido umas férias de oito dias com eles em 2008. Fui dirigindo até a foz do Rio São Francisco e depois até Xingó. De lá para cá, não tinha tido mais tempo para ficar com eles. Foi muito bom.

JC – O senhor fecha o ano como o governador mais bem avaliado do País. Qual a fórmula?
EDUARDO – (Risadas) Nós tivemos um ano muito positivo. Eu creio que esse foi o melhor ano dos meus cinco. Tivemos resultados muito importantes, o maior volume de investimentos num cenário de adversidade, de crise internacional, que se arrasta desde 2008. Conseguimos ir no contra-fluxo. Só do orçamento estadual são quase R$ 2,5 bilhões. É o que antes se investia durante todo um governo. Tivemos redução do desemprego expressiva, saímos de 15% para 5,5%. Vamos perfazer nesses cinco anos quase 500 mil empregos de carteira assinada, o PIB de Pernambuco chega esse ano a três dígitos, R$ 100 milhões. Conseguimos ver investimentos acontecendo nas diversas mesorregiões do Estado, inclusive com a chegada de empreendimentos. Conseguimos ver essa nova geração de emprego se dar proporcionalmente, pelos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), tanto no Sertão, como no Agreste e Zona da Mata. Então é de fato um ano muito expressivo do ponto de vista da estruturação, da atração de investimentos. De ouvir a população. Tivemos uma eleição com um resultado que foi quase o maior do Brasil, quase 83% dos votos. As pessoas imaginavam que nós não iríamos reforçar a escuta popular, pelo contrário (bate com o indicador na mesa), nós fomos a todas as mesorregiões ouvir a sociedade organizada e não organizada. Cinco mil entidades falaram no programa Todos por Pernambuco, através de um caderno de questionários dividido por setor, nos indicando caminhos para uma série de programas e ações que foram plantadas. Conseguimos consolidar algumas e iniciar aquilo que a gente quer para todos. Tudo isso apoiado por uma ampla frente política que tem nos ajudado. A decisão estratégica de não alimentar as brigas, de alimentar o ambiente de paz política, tem ajudado. Assim como o fato de ter uma decisão firme de ouvir a população, de acreditar nas metas. As pesquisas de opinião pública dão conta disso.

JC – Há uma evidente fragilidade das oposições no Estado, principalmente na Assembleia Legislativa. Não é um fator negativo, já que não oferece uma visão crítica do governo?
EDUARDO – A oposição foi escolhida pela sociedade. Há um ano, o povo de Pernambuco definiu que a oposição deveria ser do tamanho que ela é hoje. Uma oposição que tem quadros qualificados, de vidas públicas que nós respeitamos, mesmo na adversidade. E que tem feito o seu papel. Agora, oposição a um governo que tem 90% de aprovação tem que pensar como fazer oposição! Porque se ela negar a realidade, vai falar para 6% da população, que é aquele torcedor inveterado, que tem lado político e que não vota de jeito nenhum porque tem uma posição política contrária. E na democracia é isso mesmo. A própria oposição, que tem qualidade, já governou, sabe dos desafios.A oposição governa municípios, governa outros Estados. Não pode fazer um discurso descomprometido do que foi feito. Nós fizemos a eleição em 2006, fomos candidatos na oposição, mas a gente não fazia oposição de terra arrasada, desconhecendo completamente as coisas que tinham sido feitas, os avanços, que por ventura ocorressem. João tinha sido prefeito, eu tinha sido secretário, ministro. A população sabe julgar quem está falando as coisas com propriedade.

JC – O que o senhor acha da reeleição da mesa diretora? Que influência o senhor teve na aprovação? Oxigenação não é saudável?
EDUARDO – Essa é uma decisão que a Assembleia já tomou. E se você for lá no jornal, vai ver a minha opinião sobre reeleição de uma maneira geral. É uma questão de uma casa, a decisão de um poder. Eu não pedi voto a nenhum deputado para essa ou aquela posição. Os deputados votaram com sua consciência e o fato é que vai ter eleição, não é prorrogação. Eu nunca me meti em assunto de outro poder, aprendi isso desde muito cedo.

JC – Porque o senhor não assinou a ação pedindo auxílio-moradia retroativo. Os que assinaram receberam, mas o senhor não. Porque?
EDUARDO –  Porque não assinei. A minha opinião sobre esse caso é a minha atitude. Eu não sou favorável, nem eu e nem João Lyra. Às vezes você fala com palavras, às vezes você fala com atitudes (dá um murro na mesa). Quando você fala com atitudes, é muito mais forte do que com palavras.

JC – Na sessão Voz do Leitor, no JC, quase todos os dias publicamos reclamações relacionadas às estradas. Em setembro, o senhor lançou um programa para melhorar a qualidade delas. O que foi feito?
EDUARDO – Tem um quadro aí da CNT (Confederação Nacional dos Transportes). Coloca aí na tela (pede ao auxiliar). Na verdade, você tem uma situação crítica efetiva. Isso é uma pesquisa que a CNT faz no Brasil, o ano inteiro. Essa é a nossa referência para a montagem das metas. Tinha 50% das cidades em situação ruim, estradas ruins e péssimas em 2006. Conseguimos reduzir de 50% para 30% esse índice. Esse 30% é que são reclamados. Em 2010 foram investidos R$ 522 milhões em estradas Este ano foram R$ 535 milhões, já na base do plano anunciado. Se você vai para a área do Litoral, estamos fazendo uma série de obras a um só tempo, que vão ser concluídas no verão de 2012. São cerca de R$ 1,2 bilhão.

JC – Na área de segurança pública, um ponto marcante esse ano foi o fato de a Organização dos Estados Americanos (OEA) ter feito uma denúncia formal contra o Brasil pela situação do presídio Aníbal Bruno, considerado o pior do País. De maneira geral, o sistema prisional de Pernambuco não avançou como outras área da segurança. Por que não foi construído nenhum dos quatro presídios que estavam previstos no Pacto pela Vida ainda em 2007?
EDUARDO – O presídio de Itaquitinga vai funcionar já no primeiro semestre. São 3,2 mil vagas. Teremos até 2012 mais de seis mil vagas novas. O que representa mais de 60% das vagas que existem hoje no nosso sistema prisional, que é um horror! Se o Brasil, durante muito tempo, não investiu em colégios, em saúde, em estradas, porque não tinha recursos, imagine como ficaram os presídios? Temos a consciência de que é preciso investir mais. Já lançamos o edital de licitação, foram dois presídios: o de Tacaimbó e o de Araçoiaba. Porque tivemos um forte contingenciamento do Fundo Penitenciário Nacional, que era onde imaginávamos que iríamos buscar os recursos. Nós tínhamos apresentado nossos projetos mas não aconteceu no tempo que imaginávamos. Fizemos um investimento no Aníbal Bruno. Os investimentos possíveis para uma solução estratégica. Não é possível resolver uma situação como essa sem investir no próprio presídio. É preciso ter a reta guarda dessas vagas para podermos mexer, classificar melhor as alas dos presos, fazer uma boa política de ressocialização. Isso é impossível fazer com a situação dos presídios que temos ainda hoje. Tivemos um aumento da população carcerária, fruto dos acertos do Pacto pela Vida, prestamos os esclarecimentos ao governo brasileiro, à própria OEA. Eles viram que havia atitudes sendo tomadas. Mandamos um projeto de lei para a Assembleia Legislativa criando a política de acompanhamento dos presos, estamos chegando com um conjunto de ações para essa área que eu quero crer que vão fazer a diferença nos próximos anos.

JC – O senhor está inaugurando escolas, contratando professores, ampliando escolas técnicas. Mas quando vemos os Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) constamos a baixa qualidade do ensino. O que o Estado está fazendo para monitorar a qualidade, capacitar as pessoas para empregar nos investimentos que estão chegando?
EDUARDO – Tivemos um tempo em que tínhamos pessoas preparadas e não tínhamos oportunidades. Isso era constrangedor. Agora, em cinco anos se gerou quase 500 mil empregos, o desemprego caiu (bate com o dedo na mesa várias vezes). Quem diz é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não sou eu. As oportunidades estão chegando e os pernambucanos estão entrando nessas oportunidades. Vamos ler os números como eles são! Nós tínhamos 15% de desemprego. Reduzimos dois terços em cinco anos. Estamos fazendo um grande esforço na educação, que não se muda de um ano para o outro, mas sim de uma geração para outra. Primeiro, fechamos a torneira da distorção idade-série. Se não fizer bem a alfabetização, o aluno vai ter dificuldade de aprendizado, tendo que repetir várias vezes sua caminhada ou até desiste. Desde o primeiro ano, temos parceira com o Instituto Ayrton Senna, com os programas Se Liga e Acelera. O Estado já não tem mais alunos na segunda, terceira série. A gente só tem cinco escolas-laboratório, para o nosso professorado aprender. Esses dois programas desenvolvem ferramentas para evitar a repetência. Uma lei federal determina que nós devemos distribuir parte do ICMS com os municípios. Na lei que aprovamos na Assembleia, recebem mais do ICMS os municípios que investem mais em educação. Esse atual bom momento da economia do Nordeste, ao meu ver, só se sustentará se fizermos um investimento forte na infraestrutura e na educação. Desde 2007 nós começamos a cuidar da educação nos municípios. Além de apoiá-los com os dois programas, cuidamos através do Programa Travessia (em parceria com a Fundação Roberto Marinho) de diminuir a distorção idade-série. Foram 130 mil alunos formados. Fizemos o esforço de pular de 13 escolas de tempo integral para 160, além de construir as escolas técnicas. E agora, mandamos esse projeto de lei que diz aos prefeitos, sobretudo aos prefeitos que vão assumir no próximo mandato: ‘se você quer ter mais ICMS, você vai ter que investir em educação’. Estamos cuidando disso com uma visão estratégica.

JC – Há três hospitais novos e 14 UPAs. Esse é o melhor momento da saúde no Estado?
EDUARDO – Há um ganho estrutural que precisa ser sequenciado, e está sendo, com investimentos nas UPAs Especialidades. Havia uma situação de carência. João (Lyra Neto, vice governador) fez esse trabalho, lá no primeiro governo. A defasagem era de cinco milhões de consultas. As pessoas adoeciam nos bairros, sentiam uma dor, se sentiam mal, não tinham para onde ir e iam para um grande hospital, onde sabiam que tinha um médico. Virava uma urgência para um hospital de trauma. Qualificamos a Atenção Básica, que resolve muita coisa. Organizamos a Atenção Intermediária, na urgência de média complexidade, que foi o cinturão de UPAs, organizamos os grandes hospitais, que tinham incorporado uma série de serviços. Eles tinham ficado sem um perfil de hospital de urgência e emergência, gerava dificuldade para quem gerenciava, para quem trabalhava. Então, fizemos as 14 UPAs, os três hospitais e investimos nos demais hospitais. A Restauração ganhou 120 leitos só na emergência clínica. Se você for lá no Barão de Lucena tem três andares lá, porque você tem que fazer com ele funcionando, então é mais complexo. O Estado recebeu um conjunto de investimentos, credenciamos o hospital em Petrolina. Credenciamos serviços por região, por exemplo, nefrologia, UTIs, neurologia, não tinham em todas as regiões, agora tem. No interior tem muito acidente de motocicleta, muito caso de trauma e muito acidente vascular cerebral (AVC). Mas o fato é que estamos chegando, em 2012, ao que a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que é de 960 UTIs, que estão em construção, 30 leitos no Sertão. Também faremos as UPAs Especialidades. Porque dão vazão a uma série de casos que ficam para a eletiva e a pessoa espera quatro, cinco meses na fila. Há um avanço enorme, porque saímos de 10% de investimento em saúde e fomos para 18% do orçamento. Estamos na rede estadual com 2.500 leitos a mais do que encontramos. Sabe quantas pessoas passaram em 2011 pelas UPAs? 2,5 milhões. O desafio da saúde é muito grande, as grandes nações estão com ele nas mãos.

JC – As obras da transposição do Rio São Francisco estão se arrastando. Este ano só avançaram 6%. Isso um dia vai ter fim?
EDUARDO – Eu acredito. Porque houve a decisão correta, do ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB) e da presidente Dilma Rousseff (PT), de atender à recomendação dos órgãos de controle. Pior é tentar acelerar a todo custo e amanhã haver um embargo das obras porque havia alguma inconsistência jurídica ou legal num contrato. Se teve a coragem de parar e organizar o processo. É uma obra complexa e quando você vai para o terreno aparece inconsistência. Não foi feita sondagem correta do solo, porque não se faz ponto a ponto, se faz por amostragem, aí aparece uma rocha enorme que não estava no projeto original. Muitas vezes você tem que começar a licença ambiental de novo, licitar de novo. A decisão correta foi sentar com os órgãos de controle, CGU (Controladoria Geral da União) e TCU (Tribunal de Contas da União) e fazer os ajustes. Mesmo que pareça perder tempo, mas quando retomar vai até o fim. Acho que a gente terá um grande legado com essa obra, sobretudo para o Sertão e para o Agreste pernambucano. Já estamos com tudo pronto para a adutora do Agreste que vai levar água para 60 municípios. Uma grande trava ao desenvolvimento econômico do Agreste é a água. É a região que tem o pior balanço hídrico do Brasil, onde tem menos água e mais gente, quase 30% dos pernambucanos vivem naquela área.

JC – Mas para o São Francisco chegar na Adutora do Agreste, ele vai ter que antes passar no ramal do Agreste. E o governo federal diz, há pelo menos quatro anos, que vai fazer a licitação da obra. O que o senhor pretende fazer para que o ramal do Agreste saia do papel?
EDUARDO – Eu vou lançar a licitação da adutora, porque é a pressão que tem que dar na engrenagem para que o governo federal faça. Eu acredito (bate forte na mesa) no que foi dito pelo ministro Fernando e pela presidente Dilma, que vão fazer não só o ramal mas também a adutora.

JC – E a ferrovia Transnordestina, o senhor acredita que chega no Porto de Suape?
EDUARDO – Eu não tenho dúvidas. Vi muitas vezes pessoas dizendo ‘ah, vai acontecer o trecho do Ceará e não vai acontecer o de Pernambuco’. Pois está tudo sendo desapropriado, tem oito mil pessoas trabalhando e os recursos estão sendo liberados para o pagamento. Estamos fazendo a nossa parte, o governo federal também e acredito que os empreendedores vão dar conta do compromisso assumido com o governo.

JC - O senhor disse, em entrevista no final do ano passado (2010), que pretendia terminar o segundo mandato, não iria sair antes para disputar outro cargo. Mantém essa posição?
EDUARDO – Eu disse que essa era uma possibilidade concreta. Fui eleito para quatro anos. Se as circunstâncias políticas de 2014 decidirem que eu devo sair – e não podemos prever isso agora, porque elas se alteram muito – Pernambuco estará bem entregue nas mãos honradas de João Lyra, que conhece tão bem o governo quanto eu, participa de todas as reuniões de gestão, os programas, a rotina.

JC – Mas se o panorama mudar e o vice-governador também optar por um novo mandato, o governo ficará com o presidente da Assembleia, deputado Guilherme Uchoa?
EDUARDO –É preciso considerar que, nesse ínterim, haverá uma eleição na Assembleia. E essa é uma decisão que vou tomar junto com João (Lyra). Posso dizer a vocês que a minha decisão e a dele será uma só.

JC – Aquele acordo tácito do PSB apoiar o PT no Recife em 2012, recebendo depois o apoio do PT em 2014 está mantido?
EDUARDO – Eu nunca tratei assim. Em 2006 eu disputei a eleição no primeiro turno com o PT, e na noite da eleição Humberto Costa foi à rádio declarar que a partir daquele momento ele estava entrando na minha campanha para o segundo turno. Aquilo ajudou a trazer o PT e todos os partidos que estavam com ele para o nosso lado. Em 2008, deixei claro que a coordenação do processo era do prefeito João Paulo, e que o PT construísse uma solução. E o PT inclusive escolheu um candidato a vice no PSB. Mas não falamos de 2010 naquele momento. Aí, quando chegou a minha eleição, estávamos todos juntos. Não tem que misturar 2012 com 2014. Tem é que ter um projeto para a cidade. Doutor Arraes dizia que, na política, as pessoas querem muito ser as coisas, mas não sabem dizer por que querem ser. Eu sabia porque queria ser governador. Eu conhecia cada região do Estado e disputei a eleição com ideias e disposição de trabalho. Isso me fez ganhar. Em 2010, apresentamos novas ideias e um legado de quatro anos. O que pode unir a Frente Popular é um projeto para a cidade. Nós temos belíssimos nomes, mas sem um pensamento único, não haverá unidade.
 






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