Em todas as atividades humanas a vaidade está presente. Nada de errado na pessoa cultivar as suas vaidades quando essas lhes fazem bem. O problema é quando o culto à vaidade atrapalha os outros ou uma equipe, um grupo.
No território da política esse sentimento parece encontrar uma inacreditável capacidade de nascer, crescer e se multiplicar. É quase sempre a causa de projetos naufragarem e, alguns casos, sequer serem postos à prova.
A vaidade na política cega homens e mulheres que são incapazes de enxergar algo diferente da sua própria imagem projetada no espelho da soberba. Os projetos coletivos são atropelados pela arrogância, quando não abortados de forma violenta pelo projeto do “EU”.
A vaidade na política é pior do que todas as outras porque ela afeta diretamente a vida de terceiros ou, no caso mais apropriado, deixa de afetar, já que o projeto “EU” é por natureza limitada, e quando muito beneficia apenas o político “vaidoso”.
A vaidade na política não escolhe geração para acomodar-se. Pode ser jovem, de meia idade ou idoso, não importa, ela sempre estará disposta a habitar a alma daqueles que, potencialmente, estejam mais dispostos a tocar sonhos individuais do que os coletivos.
Quando a vaidade toma conta de companheiros da esquerda, pronto! As coisas ficam mais difíceis, os discursos solidários perdem o sentido, a luta coletiva se enfraquece e sonho de milhões resume-se a um plano de um homem só, no máximo de um grupelho.
A história recente da política belojardinense está repleta de exemplos onde a vaidade “matou” políticos e projetos. E 2012 bate à porta.
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