No poder o Partido dos Trabalhadores pode cada vez menos. Prova disso são as alianças que começam a ser alinhavadas para as eleições municipais de 2012. Enquanto a presidente Dilma troca afagos com setores do PSDB e o ex-presidente Lula impõe candidatos e acordos com quem quer, o PT deve colocar em discussão durante a etapa extraordinária do IV Congresso Nacional do partido, que começa hoje em Brasília, resolução que proíbe coligações com os três principais partidos de oposição PSDB, DEM e PPS. Nada mais irreal. Em Belo Horizonte, por exemplo, deve ser reeditada a aliança PSB, PT e PSDB com a benção de Lula, para garantir a reeleição do prefeito Márcio Lacerda (PSB).
Ou seja, se aprovada, a resolução já nascerá sem efeito – não servirá nem para alimentar discurso eleitoral. Outra: orgulho da prática petista, a realização de prévias também pode ter novas normas a partir deste congresso, justamente para limitar a outrora “saudável” disputa interna para definição de candidatos a eleições majoritárias quando as diversas tendências do partido não se entendem, como é o caso do Recife. Por fim, um detalhe bem revelador: no congresso, o PT fará um balanço dos oito meses do governo Dilma, mas o combate à corrupção iniciado pela presidente não vai ter grandes espaço. Não porque a presidente tenha vacilado e tenha retirado a faxina ética da pauta do governo por pressão da base aliada, mas porque este também é um assunto perigoso para o PT que chegou ao poder.
Já em Belo Jardim o PT só vai servi de escada para as oposições com bases mais fortes.
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