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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cenário de guerra e mortes em rebelião na Funase do Cabo

Até 0h30, a rebelião que começou no fim da tarde desta terça-feira (10) na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, parecia controlada, apesar de o Batalhão de Choque permanecer dentro da unidade. O presidente da Funase, Alberto Vinícius, confirmou três mortes. Duas vítimas foram carbonizadas (e uma delas ainda teve a cabeça decapitada) e outra faleceu por asfixia, segundo o Instituto de Criminalística (IC). A unidade tem capacidade para receber 166 jovens do sexo masculino, com idades entre 17 e 21 anos, mas abriga 368 pessoas atualmente.
O Governo do Estado se comprometeu a prestar esclarecimentos sobre o caso nesta quarta-feira (12), às 15h. Estarão na coletiva, cujo local ainda não foi informado, a secretária da Criança e Juventude, Raquel Lira, o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, e o presidente da Funase, Alberto Vinícius.
O tumulto começou por volta das 17h no Pavilhão A, conhecido como Ala de Segurança, onde ficam os jovens que cometeram infrações mais graves. Os internos dizem que estão insatisfeitos com a atual administração. Três agentes socioeducativos foram feitos reféns durante três horas. A diretora Suzete Lúcio assumiu o comando em novembro do ano passado, no lugar do coronel Leandro da Silva.Durante a confusão, o fogo ateado pelos reeducandos podia ser visto do lado de fora, assim como muita fumaça. Enquanto cerca de 30 policiais do Batalhão de Choque preparavam-se para entrar na unidade, pedras eram arremessadas pelos reeducandos contra eles. Após a entrada do Choque, disparos eram ouvidos a todo tempo, já que foram usadas balas de borracha e bombas de efeito moral para conter o tumulto.
 JC

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