HOSPITAL SANTA FÉ BELO JARDIM-PE

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Jozinaldo Viturino:"PARA REFLETIR)

Estamos, mais uma vez, em um ano eleitoral. Os Partidos Políticos já iniciam suas articulações. Os políticos traçam suas alianças, com o fito de alcançarem vagas no Legislativo e Executivo Municipal. Cabe a cada cidadão exercer o direito de voto de maneira consciente e escolher candidatos que realmente representem o povo e que defendam os interesses da sociedade de maneira democrática, ética e transparente. Sei que encontrar um candidato comprometido com a causa pública é bastante difícil, uma vez que o sistema político em voga é bastante desfavorável ao eleitor, pois ele tem que escolher entre candidatos pré-estabelecidos, escolhidos pura e simplesmente, por aqueles que se utilizam do sistema apenas para se perpetuar no poder e fazer da política uma profissão e com isso tirar proveito da ingenuidade do eleitor que ainda acredita em promessas e vendem seu voto como se ele fosse uma mercadoria qualquer. Repito, o eleitor brasileiro na sua grande maioria é ingênuo. Não sabe, ou finge não saber, que o ambiente político possui dois lados. Existe o lado que todos vêem e este se revela nas promessas de campanhas, nas inaugurações de obras, nos programas assistencialistas, nas festas e outros mais. O lado que o eleitor não vê é aquele a que chamo de bastidores. Neste é que se forja o espetáculo político e somente os caciques dos partidos políticos participam. O lado oculto, mesmo para aqueles que com unhas e dentes defendem seus candidatos, não é revelado. Na verdade, o lado bom da política, é reservado a poucos. Podemos dizer que a parte boa do prato é para os políticos e a parte ruim, ou a banda podre, fica para o povo, ingênuo eleitor. Quando se fala em uma reforma política, não confundir com reforma eleitoral, os interesses dos políticos profissionais são intocáveis e o projeto de reforma só recebe emendas e proposições favo ráveis aos políticos. Uma reforma séria, e que certamente ajudaria em muito, seria aquela que limitasse a reeleição dos cargos do Legislativo. Os deputados e senadores só poderiam ser reeleitos uma vez, do mesmo modo que é estabelecido para o executivo. Que os cargos de vereadores, além de limitar sua reeleição, fossem transformados em conselheiros municipais e que estes não sejam remunerados. Assim aqueles que assumissem o múnus público seriam voluntários e, acredito, trabalhariam mais em benefício da sociedade. Enquanto a coisa não muda, procuro viver a meu modo, respeitando a opinião alheia e a posição política de cada um. Se os candidatos não me impressionam. Se não os acho preparados para os cargos que pleiteiam. Se não são dignos do meu voto. Simplesmente não voto. Não me importo se me acham ou me chamam de analfabeto político. Vivo feliz, sem bajular ninguém.




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